A teoria
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O estudo da teoria elaborada por Freud abrange os conceitos e a técnica psicanalítica freudiana, além de incluir as contribuições dos estudiosos contemporâneos que enriqueceram o conteúdo bibliográfico da psicanálise.
Análise Pessoal
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Embora pratique a psicanálise, o psicanalista necessita estar em seu processo individual de análise. Cada sujeito tem seus próprios conflitos, desejos e traumas, e o analista também precisa buscar o autoconhecimento e a resolução de suas questões. Freud recomendava essa prática, especialmente para os psicanalistas em atividade clínica.
Prática Clínica e Supervisão
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O exercício da clínica psicanalítica é artesanal; cada atendimento é único, e cada paciente é um mundo singular com demandas próprias. Apesar do estudo contínuo da teoria, é crucial que o psicanalista esteja atento a cada movimento, intervenção e amplificação da escuta qualificada na condução do tratamento.
Na obra de Freud, encontramos indícios de supervisão, como nas interações entre Freud e Breuer em 1883, Freud e Fliess em 1900, e Freud e Jung por volta de 1913. Desde os primórdios da psicanálise, Freud sempre se cercou de mestres e colegas para debater suas ideias e propostas de condução dos casos clínicos. Para uma condução ética e construção de casos, o auxílio de um supervisor é essencial para ampliar o conhecimento e a visão sobre a demanda apresentada.
O ofício do psicanalista exige uma responsabilidade ética que vai além da teoria e técnica, demandando participação e dedicação no crescimento do conhecimento, sem negligenciar a necessidade diária do estudo de cada caso.